Uma operação encabeçada pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal nesta segunda-feira (3) identificou pelo menos quatro sucatas com fios furtados em Natal. Os donos dos estabelecimentos foram presos suspeitos do crime de receptação.
Crimes do tipo têm sido registrados nos últimos meses na capital potiguar. Em dezembro e em janeiro, criminosos chegaram a quebrar as calçadas da Rua 25 de Dezembro, na Praia do Meio, na Zona Leste, para furtarem a fiação, deixando a região às escuras.
Na semana passada, dois homens foram presos em flagrante quanto tentavam furtar fios na Ponte Newton Navarro. Na Avenida Alexandrino de Alencar, criminosos tentaram roubar a fiação durante o dia neste mês de janeiro.
Fios queimados e sem notas fiscais
Na operação desta terça, a polícia analisou a documentação de origem dos fios, como as notas fiscais, além de contar com o apoio de técnicos de empresas de energia, de telefonia e de TVs a cabo para uma averiguação detalhada do fio.
Além disso, segundo o Coronel, os peritos das empresas conseguem “detectar a origem desses materiais”.
Alguns dos fios recolhidos estavam com partes queimadas, o que indicava, segundo a PM, que também teria sido furtados.
Unidades fiscalizadas: zonas Leste e Norte
Pelo menos sete sucatas foram fiscalizadas pelas equipes, em uma operação que contou ainda com o apoio da Polícia Civil e da Secretaria de Serviços Urbanos de Natal (Semsur). As unidades ficam na Zona Leste – especificamente no bairro do Alecrim – e na Zona Norte.
A secretária Municipal de Segurança Pública e Defesa Social de Natal(Semdes), Samara Trigueiro, lembrou que o crime tem se tornado frequente na capital potiguar e que o objetivo da operação é coibir essa ação.
Os fios que a polícia acredita que foram frutos de roubo foram apreendidos. A Polícia Civil assume a investigação do caso.
Segundo a secretária, os donos das sucatas levados para a Delegacia devem ser autuados pelo crime de receptação qualificada. “A autoridade policial que vai receber essa situação flagrancial vai fazer a análise dos fatos e vai decidir, então, em qual tipo penal eles vão se enquadrar”, disse.
