Os alunos das escolas da rede estadual de educação do Rio Grande do Norte retornaram às aulas nesta segunda-feira (10), com uma nova regra: a proibição de uso do celular nas instituições. Ao todo, 190 mil estudantes estão matriculados em 590 escolas públicas potiguares.
A Lei Federal sancionada em janeiro restringe o uso de celulares no ambiente escolar e vale para escolas públicas e privadas, dentro das salas de aula e também nos intervalos.
Apesar disso, fica permitida o uso dos equipamentos para fins pedagógicos, com autorização do professor e para casos de acessibilidade, saúde e segurança.
O Ministério da Educação definiu que as escolas têm autonomia para escolher como a lei vai ser aplicada, de acordo com a realidade de cada comunidade escolar.
Na nova rotina da Escola Estadual Walfredo Gurgel, na Zona Sul de Natal, ao chegar na instituição, o aluno precisa estar com o celular desligado e guardado na bolsa.
“Nós vamos fazer um trabalho de conscientização, vamos criar estratégias para que a gente conscientize os alunos, chamar a família para fazer parte desse momento e ficarmos acompanhando. É uma questão urgente, para saúde mental dos nossos jovens e a gente vai fazer de tudo para que eles se conscientizem. Tenho certeza que depois desse trabalho, os jovens vão entender o porquê e vão se sentir mais à vontade para interagir”, diz a vice-diretora, Fátima Davim.
Na Escola Estadual Santos Dumont, em Parnamirim, a nova regra regou ainda mais expectativa nos estudantes, que estão ansiosos para ver como a ausência do celular vai afetar o dia-a-dia escolar.
A diretora da escola, Emanuella Carlos, conta que a definição de como a lei vai ser aplicada foi tomada por meio do diálogo entre professores e famílias.
“Semana passada nós tivemos uma reunião de acolhimento com as famílias, já abordando esta temática que tem causado tantas polêmicas, tantas inquietações. A escola está preparada, o corpo docente vai fazer um trabalho educativo, nós teremos palestras. E, claro, o uso do celular vai ser acolhido em momentos necessários, como uma atividade que requeira um aplicativo, nós temos laboratórios, então os estudantes não vai deixar de interagir com as tecnologias”, pontuou.
Fonte: G1 RN